Morte de detido sírio em prisão alemã levanta polémica

  • há 8 anos
Jaber Albakr, sírio de 22 anos, foi encontrado morto, asfixiado pela t-shirt que usava, presa às barras da cela da prisão de Leipzig, na Alemanha, onde se encontrava sob suspeita de planeamento de atentado terrorista.

A cela do detido era visitada de 30 em 30 minutos, depois de a psicóloga da prisão ter determinado que o risco de suicídio não era iminente.

A polémica começa no prognóstico errado e continua na possibilidade de um detido de alto risco poder cometer suicídio.

O ministro da Justiça da Saxónia, Sebastian Gemkow, explicou em conferência de imprensa o processo de decisão:

“Foi feito um levantamento com o suspeito detido para se ter um quadro da sua personalidade, depois teve uma conversa com o serviço psicológico do centro de detenção onde estava, após a qual foi determinado que não havia risco agudo de suicídio.”

O advogado que o defendia, Alexander Huebner, tinha opinião diferente. Avança ainda a estranheza de se considerar não haver risco de suicídio iminente, mas manter o detido sob vigilância apertada.

Albakr estava em greve de fome e tinha destruído pontos eléctricos da cela. A energia para a instalação foi desligada, mas o comportamento não foi considerado como tentativa de suicídio, mas sim vandalismo.

Huebner adianta: “Eu sabia que ele estava nervoso, que estava a preparar algo. Não se comportava normalmente e isso preocou-me. Claro que quando se recebe a mensagem fica-se chocado e perguntamo-nos se fizemos tudo ou se se podia ter feito mais, se devia ter ficado mais tempo com ele na prisão e falado mais com ele. Não é uma boa situação, esta.”

Albakr foi preso na segunda feira, em Leipzig, entregue por compatriotas sírios quando souberam que planeava um ataque.

Tinha iludido a Polícia no sábado passado, em Chemnitz, onde vivia e onde foram encontrados explosivos e uma bomba caseira.

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