Mortos a sangue-frio por não serem muçulmanos

  • há 9 anos
O assassínio coletivo de 28 passageiros de um autocarro, no Quénia, é um dos crimes mais graves dos últimos tempos e está a chocar o país e o mundo.

As testemunhas contam que os terroristas do grupo Al-Shabaab pararam o autocarro e separaram os passageiros. Todos aqueles que não eram muçulmanos foram mortos a tiro, exceto três que conseguiram escapar.

Jeoffrey é irmão de um dos sobreviventes: “Enquanto disparavam sobre as pessoas, o sangue dos outros ao lado do meu irmão cobriu-o. Os membros da milícia pensaram que ele estava morto e ele continuou deitado, a fingir-se de morto”, conta.

O ministro do Interior do Quénia, Joseph Jama Ole Lenku, já esteve no local do crime e promete justiça: “Foram já tomadas medidas. Identificámos de onde vêm, destruímos os recursos deles e vamos continuar a fazer tudo para trazer os responsáveis perante a justiça”.

Os corpos foram já levados para a capital do país, Nairobi. O autocarro dirigia-se para a capital quando foi emboscado perto de Mandera, na zona das fronteiras com a Somália e a Etiópia.

O Al-Shabaab disse que o crime foi uma represália contra os ataques contra mesquitas em Mombassa.

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