Detenções e demissões na Rússia depois do acidente de aviação que matou o patrão da petrolífera Total

  • há 10 anos
Cinco funcionários do aeroporto Vnukovo, em Moscovo, encontram-se detidos autoridades russas, que investigam o acidente que matou o presidente da petrolífera Total e os três tripulantes do jato privado de Christophe de Margerie.

O condutor do limpa-neves em que embateu o Falcon, Vladimir Markytenko, alega que perdeu a noção de onde estava por causa da tempestade de neve que se abatia sobre o aeroporto Vnukovo.

Os responsáveis pelo inquérito acusam o funcionário de 60 anos de estar embriagado e a justiça negou-lhe uma fiança:

“Em relação ao detido Vladimir Martynenko, o exame médico mostrou que tinha 0,6 gramas de álcool por litro de sangue”, referiu o chefe da investigação. Um valor de álcool que é o dobro do limite legal permitido para conduzir na Rússia.

O presidente executivo da Total e a tripulação do Falcon morreram no inicio da semana depois de a aeronave onde seguiam ter embatido num limpa-neves na altura da descolagem.

O diretor do aeroporto Vnukovo, Andrei Dyakov, e o seu adjunto, Serguei Solntsev, demitiram-se entretanto.

O responsável pela limpeza das pistas, Vladimir Ledenev, o chefe das operações de voo, Roman Dunayev, o controlador aéreo Alexander Kruglov e a controladora aérea estagiária Svetlana Krivsun são os outros quatro funcionários do aeroporto que foram detidos.

À frente da segunda maior empresa francesa, Christophe de Margerie foi um crítico acérrimo das sanções europeias contra a Rússia por causa da crise na Ucrânia. O seu funeral está agendado para segunda-feira, na Normandia.

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