Abbas acusa Israel de genocídio em Gaza

  • há 10 anos
Num discurso diante da Assembleia geral das Nações Unidas, nesta sexta-feira, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmuod Abbas, acusou Israel de ter realizado “uma guerra de genocídio” em Gaza, sublinhando que o “fim do bloqueio imposto por Israel” é condição prévia para o sucesso de negociações de paz.

“Israel decidiu realizar este ano um novo genocídio contra o povo palestiniano. Num ano quando esta assembleia, em nome dos povos e dos países do mundo, exprimiu a vontade e a determinação de construir uma paz justa que dê a liberdade e a independência ao povo palestiniano no seio do seu estado da Palestina, ao lado de Israel”, disse Mahmoud Abbas.

“Permitir a Israel violar o direito internacional em inteira impunidade, criou um clima propício ao terrorismo”, afirmou o líder palestiniano.

“Em nome da Palestina e do seu povo, afirmo que não esqueceremos e não perdoaremos e que não deixaremos os criminosos de guerra escapar à punição”, insistiu Abbas, acrescentando que “É chegada a hora de encerrar o último capítulo desta tragédia que se arrasta desde a nakba de há 66 anos”, em referência à proclamação da independência do Estado de Israel em 1948.

“Soou a hora da independência da Palestina”, concluíu o presidente da Autoridade Palestiniana.

O acordo conseguido no Cairo entre o movimento Fatah de Abbas e o Hamas, vai viabilizar, na opinião do líder político do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, o trabalho de um governo de unidade. Um passo fundamental, na véspera da conferência dos dadores para a reconstrução da Faixa de Gaza, que vai realizar-se no Cairo, no dia 12 de outubro.

Durante os 50 dias de guerra em Gaza entre julho e agosto, a terceira no enclave palestiniano em seis anos, perderam a vida mais de dois mil palestinianos, na maioria civis.

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