Pena pesada para Ilham Tohti. A China condenou a prisão perpétua o intelectual uigur que criticou, publicamente, o regime comunista.
A justiça deu como provadas as acusações de separatismo contra o antigo professor universitário de economia. A defesa já anunciou que vai recorrer da decisão.
De acordo com o tribunal, o catedrático de 44 anos utilizou uma página web criada pelo docente em 2006, para “instigar ao separatismo” e exigir a independência de Xinjiang. Mais, sustenta, “transmitiu aos estudantes a necessidade dos uigures recorrerem à violência como forma de protesto.”
A maioria dos uigures vive na província de Xinjiang, no noroeste da China, palco de violentos confrontos étnicos.
O réu diz estar inocente e garante que nunca defendeu o separatismo. O ativista moderado, conhecido como uma das vozes da comunidade uigur, pede ainda à família para que seja forte.
Além da pena de prisão perpétua, o tribunal decidiu, também, confiscar todos os bens de Tohti.
Os Estados Unidos, a União Europeia e várias organizações de Direitos Humanos já criticaram a decisão da justiça.