Documentário RESGATE DE COMANDOS

  • há 6 anos
HISTÓRIA DOS COMANDOS
Crachá dos ComandosA SORTE PROTEGE OS AUDAZES


A história dos Comandos portugueses começou em 1962, quando, em Zemba, no Norte de Angola, foram constituídos os primeiros seis grupos daqueles que seriam os antecessores dos comandos.

Para a preparação destes grupos foi criado o CI 21 - Centro de Instrução Especial de Contraguerrilha, que funcionou junto do Batalhão de Caçadores 280, comandado pelo tenente-coronel Nave, e que teve como instrutor o fotógrafo italiano Dante Vachi, com experiência das guerras da Argélia e da Indochina.

Os seis grupos preparados neste centro obtiveram excelentes resultados operacionais. Contudo, o comando militar em Angola decidiu reequacionar a instrução e a integração destas unidades na orgânica do Exército e, em 1963 e 1964, foram criados os Centros de Instrução 16 e 25 (CI 16 e CI 25), na Quibala (Angola). Surgiu então, pela primeira vez, a designação de comandos para as tropas aqui instruídas.

Em Fevereiro de 1964, iniciou-se na Namaacha (Lourenço Marques) o I Curso de Comandos de Moçambique e em Julho do mesmo ano, em Brá (Bissau), o I Curso de Comandos da Guiné.

O oficial em que todos reconheceram o criador das tropas comando foi o major de Artilharia Gilberto Santos e Castro, primeiro comandante do Centro de Instrução de Comandos em Angola, criado em 29 de Junho de 1965.

Na Guiné, o CIC foi constituído em Setembro de 1964, sendo seu comandante o major de Infantaria Correia Dinis.
O Batalhão de Comandos Africanos, criado em 9 de Julho de 1972, teve como primeiro comandante o major de Cavalaria João de Almeida Bruno.

Em Abril de 1966 é criado em LAMEGO um novo CI, onde passam a ser formadas Companhias de Comandos para os TO's da Guiné e de Moçambique.

Em Moçambique, o Batalhão de Comandos foi criado em 1 de Outubro de 1969, tendo como primeiro comandante o capitão de Artilharia Júlio Faria de Oliveira.



Tipo de Missões

Actualmente, os Comandos estão vocacionados para a realização das seguintes missões:

Operações de ataque em profundidade na área da retaguarda do inimigo.
Operações aerómoveis.
Operações de contra insurreição.
Operações como força de intervenção no âmbito da Segurança da área da retaguarda.
Operações de apoio à paz, com prioridade para as operações de imposição de paz.
Operações humanitárias, com prioridade para as operações de evacuação de não combatentes (NEO).


Os Comandos nasceram como força especial de contra-guerrilha, correspondendo à necessidade do Exército Português de dispor de unidades especialmente adaptadas a este tipo de guerra com que, em 1961, se viu enfrentada, durante a Guerra do Ultramar.

A força destinava-se a:

Realizar acções especiais em território português ou no estrangeiro
Combater como tropas de infantaria de assalto
Dotar os altos comandos políticos e militares de uma força capaz de realizar operações irregulares




Organização Operacional

A unidade básica operacional dos Comandos é a companhia, subdividida em quatro ou cinco grupos de combate (grupos de Comandos).
Cada grupo - comandado por um oficial subalterno - inclui 25 militares, agrupados em cinco equipas:

Equipa de comando, constituída pelo oficial comandante do grupo, operador de rádio, socorrista e dois atiradores;
Três equipas de manobra, cada uma constituída por um sargento (chefe de equipa), um apontador de metralhadora ligeira, um municiador de metralhadora ligeira e dois atiradores;

Equipa de apoio, constituída por um sargento (chefe de equipa), um apontador de LGF, um municiador de LGF e dois atiradores.
Durante a Guerra do Ultramar, foram organizadas companhias de vários tipos, adaptadas às condições operacionais, havendo duas organizações básicas:

Companhias Ligeiras: Constituídas só com os elementos operacionais, não dispondo praticamente de apoio logístico autónomo, sendo suportadas por outras unidades militares.

Companhias Pesadas: Em que os elementos operacionais eram reforçadas com elementos de apoio logístico (módulos sanitários, de manutenção, de transportes, de intendência, etc.), dando-lhes uma capacidade de operação completamente autónoma.

Na Guiné Portuguesa e em Moçambique, foram constituídos batalhões de Comandos que além de servirem de centros de instrução eram utilizados como elemento de comando operacional, em determinadas operações, para forças de Comandos de escalão superior à companhia.

O corpo dos Comando é composto por 2500 elementos.

Unidades de Comandos

Seguindo o modelo organizativo do Exército Português, existiam unidades territoriais de Comandos (designadas "centro de instrução", "regimento", "batalhão", etc.) responsáveis por mobilizar, organizar, treinar e manter as unidades operacionais, normalmente de escalão companhia. Os batalhões de Comandos da Guiné e Moçambique funcionaram tanto como unidades territoriais mobilizadoras, como unidades operacionais.


Unidades Mobilizadoras

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