Quase meio século depois, inaugurado memorial das vítimas do Setembro Negro

  • há 7 anos
Munique tem agora um lugar que homenageia a memória das vítimas dos ataques ocorridos nos Jogos Olímpicos de 1972, levados a cabo por um grupo palestiniano conhecido como a Organização do Setembro Negro.

Um grupo de atletas da delegação israelita foi feito refém por membros do grupo armado, na vila Olímpica de Munique. Foram depois abatidos, num episódio que mereceu as críticas da organização alemã, que não teria protegido o suficiente a zona ou os atletas.

Morreram onze cidadãos israelitas, um agente da polícia alemã e os cinco atacantes palestinianos, numa operação de salvamento que se revelou um falhanço.

Quase meio século depois, as famílias das vítimas são consideradas como responsáveis pela existência do memorial, já que fizeram uma longa campanha a favor da construção do mesmo.

Presidentes alemão e israelita marcaram presença

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier e o seu homólogo israelita, Reuven Rivlin, marcaram presença na cerimónia de inauguração.

O presidente israelita frisou que foram precisos 45 anos para que uma “delegação oficial de israel voltasse a Munique. “Os Jogos de Munique transformaram-se nos jogos Olímpicos sangrentos”, acrescentou.

Para o presidente alemão, o memorial demorou demasiado tempo a ser construído:

“Já era sem tempo. E devêmo-lo a vós, os familiares das vítimas”, disse o presidente Steinmeier. “A vila Olímpica tornou-se num lugar para os terroristas palestinianos, num lugar para o ódio que têm a Israel. Algo como isto nunca deveria ter acontecido.”

Presidente do Comité Olímpico Internacional rejeita homenagens durante os jogos

Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, também esteve presente. Insistiu no facto de que as cerimónias de abertura dos Jogos não eram o local nem o momento apropriado para recordas as vítimas dos ataques e disse que outros gestos seriam mais importantes.

O COI foi, por diversas vezes, alvo de críticas da parte de famíliares das vítimas dos ataques de setembro de 1972, que protestavam pelo facto de nunca terem sido feitos minutos de silêncio ou qualquer homenagem aos mortos em qualquer edição do evento.

Com Reuters e DPA

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