Jornalista Anna Politkovskaya foi assassinada há dez anos

  • há 8 anos
Faz, esta sexta-feira, dez anos que Anna Politkovskaya, jornalista e ativista russa, foi assassinada no elevador do prédio onde vivia, em Moscovo.

Uma década depois amigos e colegas prestaram-lhe homenagem e voltaram a pedir que o responsável pela sua morte seja encontrado e julgado.

Remembering Anna Politkovskaya, Kremlin critic murdered ten years ago. https://t.co/59tzi2FAmA pic.twitter.com/LuFpMgNpfp— Kenneth Roth (@KenRoth) 7 de outubro de 2016


Politkovskaya, que nasceu nos Estados Unidos, filha de diplomatas de origem ucraniana, era conhecida pelas suas posições críticas em relação, entre outras coisas, às violações dos Direitos Humanos, cometidas pela russa na Chechénia.

Mas a sua morte é apenas uma gota no oceano:

“Desde o seu assassinato, houve mais de 700 ataques contra jornalistas, 57 foram mortos. É uma tragédia que, na Rússia, especificamente, aqueles que devem dizer às pessoas a verdade sejam vítimas de assassinatos, espancamentos, e assim por diante, e estes casos nunca se resolvem”, afirmou Galina Mikhalyova, do Partido Yabloko.

Em 2014 um tribunal de Moscovo condenou o atirador, três outros homens, envolvidos no assassinato, e um polícia, considerado cúmplice. Um outro agente cooperou nas investigações e viu a sua pena reduzida.

Os dois principais suspeitos, Rustam Makhmudov, considerado culpado da execução do crime e o tio, Lom-Ali Gaitukayev, organizador de toda a logística, foram condenados a prisão perpétua.

Os outros três implicados foram condenados a penas entre 12 e 20 anos de prisão.

O Jornal para o qual trabalhava a jornalista, a Novaya Gazeta”, criticou, esta sexta-feira a equipa de investigadores por ter falhado em descobrir quem ordenou a morte.

“It is not law that rules #Russia today”: Remembering Anna Politkovskaya 10 years on https://t.co/D9fcUCYkgN #NoImpunity IndexCensorship pic.twitter.com/chhbLwpVqY— IFEX (IFEX) 7 de outubro de 2016

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