InVersos: Telma Estêvão - Cavando palavras
- 8 years ago
E por vezes a alma
Acorda-me dos sonhos
Com uma voz diluída
E os meus dedos de mármore
Escrevem versos vagos e frios.
Por vezes também a mim me comove
A agonia das sílabas e das consoantes
O soluço profundo
Que emana o altar do poema.
E por vezes o que escrevo
Já foi artigo de saudade
Quimera abençoada, claridade proibida
Alma dobrada afogada em sangue quente.
E por vezes existe dentro de mim
Uma tempestade silenciosa
Um sonho ingénuo
Deitado no quente do meu travesseiro
Um misto de oração e feitiço
Cheirando a incenso.
E por vezes meus espasmos de escrita
Contêm versos transparentes…
Límpidos como o orvalho depositado
Na claridade da manhã.
Telma Estêvão
Acorda-me dos sonhos
Com uma voz diluída
E os meus dedos de mármore
Escrevem versos vagos e frios.
Por vezes também a mim me comove
A agonia das sílabas e das consoantes
O soluço profundo
Que emana o altar do poema.
E por vezes o que escrevo
Já foi artigo de saudade
Quimera abençoada, claridade proibida
Alma dobrada afogada em sangue quente.
E por vezes existe dentro de mim
Uma tempestade silenciosa
Um sonho ingénuo
Deitado no quente do meu travesseiro
Um misto de oração e feitiço
Cheirando a incenso.
E por vezes meus espasmos de escrita
Contêm versos transparentes…
Límpidos como o orvalho depositado
Na claridade da manhã.
Telma Estêvão